Em seguida, deu-se inicio a exibição dos curtas em 35mm. O primeiro foi o já conhecido Menino aranha, documentário, de fotografia invejável, que conta a vida de um menino de rua que escalava prédios para roubar. Assim que acabou, foi apresentado o filme Ana Beatriz, uma proposta inovadora que conta, em um tipo de stop motion, duas estórias paralelas: uma narrada em áudio e outra em imagens, que se confunde dando origem ao ponto chave da trama. Para finalizar a mostra de 35mm, um filme com o consagrado Wagner Moura: Blackout, ficção de 10 minutos sobre dois homens de negócios que ficam presos numa sala com uma bomba. O curta também levou o teatro Guararapes a rir em uníssono.
Por algum motivo, a abertura do festival só ocorreu mesmo depois das mostras dos curtas. Foi exibido um vídeo institucional sobre a orquestra cidadã dos meninos do coque. Em seguida, a apresentação musical que deixou muita gente encantada com o talento dos meninos. Um dos acontecimentos mais marcantes foi a descida do palco de um garotos que passeou pela platéia tocando seu violino.
Na sequência, quem adentrou o palco foi o convidado mais esperado do ano, Constantin Costa Gavras, importante cineasta grego naturalizado francês. Antes da chegada ilustre, foi exibido um vídeotape com trechos dos filmes do diretor e algumas sonoras de figuras importantes do cinema deixando suas homenagens. Assim, Costa Gavras adentrou o palco sendo recebido de pé pelos presentes ao som de muitos aplausos. Depois de seu brilhante discurso, foi dado inicio à exibição do seu novo longa Eden À L’Ouest, que deixou todo mundo fascinado pela beleza da narrativa, contando a estória de Elias, um imigrante ilegal que chega à Europa. O que mais precisaria para encerrar essa noite de homenagens da melhor forma possível? Nada!