quinta-feira, abril 30, 2009

A terça e a quarta

Por Leo Leite

A TERÇA-FEIRA

A terça-feira começou com a exibição do curta-metragem digital Nello’s, direção de André Ristum (SP) que contava a vida de um italiano. Na sequência, foi exibido a ficção carioca Teteco, projeto ousado feito com câmera de celular que chamou atenção pela criativa fotografia. Ainda dentro da mostra digital foi apresentado o curta pernambucano Eiffel, que faz uma critica sucinta a um recente monumento Recifense: as torres gêmeas. A direção foi de Luiz Joaquim. Para encerrar a mostra, foi a vez de 6.5 megapixels, uma ficção de um minuto entrar na telona, filme cearense, diferente, que mostra um filme que não foi feito por causa de um assalto.
Em seguida, começou a exibição dos curtas feitos em 35mm, com o curta Nossos Ursos camaradas, uma comédia de Fernando Spencer que levantou risos no público. Logo depois, Selos de 15 minutos, que deixou a platéia aparentemente cansada. O penúltimo filme foi A distração de Ivan, curta carioca de 15 minutos. Para encerrar, um dos curtas mais esperados da noite: Muro, de Tião. O filme chamou muito a atenção da platéia do teatro Guararapes pela sua magnitude estética, tanto na fotografia, efeitos e montagem.
Depois do intervalo, o cine teatro recebeu a atriz Dira Paes*, entregando-lhe o prêmio Calunga, após a exibição de um vídeo que mostrava sua trajetória cinematográfica. A artista, muito emocionada pela homenagem, dedicou o prêmio a seu filho que acabara de dar o primeiro passo sozinho. E pra finalizar a noite, foi dado “play” no longa Mistéryos de Pedro Merege e Beto Carminatti, com Carlos Vereza, Stephany Brito e Leonardo Miggiorin*.


A QUARTA-FEIRA

A quarta-feira, terceiro dia do evento, começou com a exibição do documentário Um artilheiro do meu coração. O filme conta a trajetória profissional de Ademir, um jogador do Sport Clube do Recife, desconhecido do grande público, que quase foi campeão em um importante jogo. O filme é todo feito com uma linguagem muito técnica, o que dificulta o entendimento das pessoas que não entendem do assunto. Após a exibição, alguém na platéia deu inicio ao coro: “casá, casá...”, a conhecida “musiquinha” da torcida organizada do time que foi abafado pela grande vaia dos presentes. Para encerrar a mostra em digital: o curta Quintas intenções, dirigido por Mauricio Rizzo.
Em 35mm, foram exibidos: Cocais, um documentário sobre a cidade, uma linguagem bem diferente que trazia poucas informações. Na sequência, foi apresentado A Mulher Biônica, forte em sua interpretação e depois Tereza, leve, poético e romântico.
Nada chamou mais atenção do que a pouca quantidade de gente na noite, que diminuiu ainda mais depois do intervalo. No fim aconteceu a exibição dos longas Um homem de moral (documentário) e a ficção pernambucana Pela vida, pelo tempo.
Outro ponto forte da noite, foi a instalação de um telão, pela Globo, para a exibição do jogo do Sport Clube do Recife versus o LDU. Enquanto alguns assistiam os dois longas, outros prestigiavam o jogo. Dentre essas pessoas estavam Alfredo Bertini (aniversariante do dia) com sua camisa do time e Sandra Bertini, que levantou e gritou: “Pelo Sport Nada...” seguido, mais uma vez, do “casá, casá...”, após o primeiro gol.
A cineasta pernambucana Luci Alcântara também estava presente do Hall do evento, filmando seu mais novo longa: JMB, o famigerado. O filme é um documentário sobra a vida do multi-artista Jommard Muniz de Britto, que também estava presente nas filmagens no centro de convenções. Luci adiantou ao blog do Cinema 11 que a produção vai contar com os “atentados poéticos” de Jommard e suas performances. A diretora também lembrou que está chegando o dia da exibição do seu longa Geração de 65, aquela coisa toda, no dia 30.


*Dira Paes e Leonardo Miggiorin consederam entrevista exclusiva para o Cinema 11, que será exibida em breve.